Dentre diversas variáveis que demonstram as dificuldades do setor de transportes de cargas, destacamos três fatores que acreditamos possuir maior relevância, pois individualmente ou agrupados, provocam impactos importantes e muitas vezes irreversíveis.
- Preço dos fretes, prazos de recebimentos e aumento de custos;
- Tributos e Autuações; e
- Negativas de Sinistros – RCTR-C, RCF-DC e Transporte Nacional.
Temos visto diversas empresas entrarem em um processo de endividamento pelas razões destacadas acima e na maioria das vezes não conseguem superá-los. Todos os desdobramentos destes fatores vêm evolutivamente tirando a capacidade operacional das empresas.
Há um bom tempo, os preços dos fretes não remuneram o capital investido adequadamente. Os constantes BID’s, dilatação dos prazos de recebimentos e aumento de custos (inflação própria do setor) são determinantes para instabilidade.
Como consequência da redução das margens, o dirigente tem a difícil tarefa em decidir sobre a aplicação dos recursos financeiros, priorizando as atividades operacionais. Itens como tributos, seguros e gastos que não lhes tiram a continuidade imediata de funcionamento, são postergados e em muitos casos deixados de lado até mesmo, comprometendo o longo prazo.
Pode-se dizer que esta decisão leva em consideração somente o principal e não são observadas as elevadíssimas multas e os riscos penais previstos na falta de pagamento de determinado tributo, como por exemplo o ICMS. Não é incomum os valores destas dívidas tornarem-se impagáveis e corroerem a riqueza conquistada.
Da mesma forma as negativas de sinistros causam desconfortos financeiros de grande relevância, diante da rentabilidade atual pouco favorável.
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Sebastião Netto
Sócio da SNE Avaliações Financeiras Ltda.